Friday, December 25, 2020

Cinema como sonho em final de 2020

 


New York

créditos: Vivienne Gucwa

https://viewing.nyc/

Pensava eu, há quase um ano, por esta altura de Natalestar confiante no novo ano que se adentrava, poucos dias depois.

Pensava eu, sinceramente, que 2020 iria ser um ano cheio de coisas positivas.

Pois é. Mas estava enganada. 2020 ficará, sem dúvida, inscrito na história da Humanidade. Por motivos não positivos.

Um ano que ninguém esquecerá. Um ano de receios, incertezas, tristeza para muitos. Luto para tantos outros. 

Nunca pensámos algum dia viver, o que só conhecíamos de filmes de ficção científica. 

Um ano que nos pôs à prova. Um ano que, no meio da insegurança, da ansiedade gerada pela solidão a que fomos  obrigados, nos deu a esperança que o ser humano iria mudar para melhor. Mas não. Na sua maioria.

Comparável a um raio de sol que fura a tempestade, e nos engana, pensamos que está tudo bem. De repente, o raio de sol se esconde. E o temporal vem. Com mais força.

Foi um ano que testou os nossos limites, a nossa capacidade de adaptação, a nossa resiliência.

Foi um ano de perdas para muitos. Mas de reinvenção para outros.

Não me devo queixar. Não fui afectada pela pandemia, graças ao ente superior que nos rege.

Continuo a ter a minha família bem. E eu também. 

Foi um ano que reforçou a minha coragem, clareza. Resiliência.

Foi o primeiro ano sem praia, sobretudo sem mar. Oh! Tristeza!

Foi um ano sem cinema. Um dos meus hobbies favoritos. 

De repente, pus-me em Nova Iorque! Sentada imaginariamente, neste banco tão cinematograficamente conhecido. Filmes de Woody Allen

E deixei correr o fio da vida, das pequenas coisas boas que frui, apesar de tudo, ao longo de 2020.  Da beleza que podemos ver em tanta coisa à nossa volta. 

E, num toque de magia, a neve tombou docemente na paisagem. Em Nova Iorque.


Miosótis (pseudónimo)


25.12.2020

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