Sunday, May 01, 2011

Para minha mãe





créditos: Carl de Souza/ AFP 2010



Para ti, Mãe

Mãe que deixaste de ouvir
minhas mágoas profundas,
viagens que nunca fiz,
caminhos que não percorri.
Vem ouvir...


Mãe! Senta-te a meu lado
e ouve-me em silêncio...
Lembras-te?
Sonhavas-me mil carinhos
de fadas e duendes rodeada
enquanto poisavas sob
meus cabelos
miosótis azuis e rosa
e soltavas teus sortilégios sábios,
abençoando-me em cálidos olhares.

Mãe! Passados que são os anos,
teus anseios aprisionados
ficaram das negras nuvens.

Chorarás tu por mim?!

Depois de tantos afectos
nas tuas preces aspergidos,
os deuses se quedaram
inertes e silenciados...

 
Mãe!
Teus abraços eternos
de encontro a meu âmago
com laivos imensos
de ternura
eu guardo e venero
para sempre, Mãe!

Miosótis (pseudónimo)2008©


fragmentos da noite com flores

01.05.2011
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6 comments:

Manuel Veiga said...

belo e terno poema. em nome da MÃE...

beijo

MS said...

... apesar de já o teres lido em 2008, sensibiliza-me muito a tua 're'leitura...

Um beijo afectuoso,'Herético'

Je Vois La Vie en Vert said...

Tudo o que tem a ver com a mãe toca o nosso coração. A minha foi há quase dois meses juntar-se à estrelas mas manda-me a sua luz !
Beijinhos
Verdinha

MS said...

Sim, tudo!
As Mães mesmo quando fisicamente afastadas, estão sempre por perto. Com essa luz...

Um beijo
(sensibilizada por voltares a 'fragmentos')

Virgínia do Carmo said...

Uma invocação sublime e doce... Lindo poema...

Um beijinho!

MS said...

Uma invocação que já conhecias, Virgínia, mas que não resisti a 'revisitar'...

Sempre muito sensibilizada pela tua presença por aqui!

Um beijo afectuoso,