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Sunday, November 02, 2008

Pensando...




Adriana Banfi (aguarela 1991)




Adriana Banfi (aguarela 1991)



flores brancas da pera

e uma mulher no luar
lendo uma carta


white blossoms of the pear

and a woman in moonlight
reading a letter


Yosa Buson

Um dia, não sei em que vida, em que passagem, mas um dia, eu sei, esse dia... o perfeito amor vai chegar e vai poisar em meu regaço duas mãos cheias de mar. E em uníssono, as estrelas cintilantes ouvirão pronunciar: "Quero-te profundamente"!


Nesta noite de Novembro frio, revejo muitas noites de luar que se transformavam em fragmentos de sinceros sentires, deixados aqui, com um toque de nostalgia, muita esperança, alguma alegria, sonoridades de paz, desassossego, impregnando assim meus pensamentos de flores com fragrâncias doces, aromas de maresias e alquimias.

Não vou dizer que nada mais sinto para escrever.... sinto, sinto! Mas se tenho vontade de escrever? Nem sempre! 
Como se uma mão poisasse em meus lábios um secreto gesto de silêncio. 


Já tentei algumas vezes, obedecer a essa invisível vontade, mas depois bate-me aquela vontade íntima de escrever. Por vezes!

Prefiro escrever à medida que vou sentindo desejo íntimo de cuidar...

"Haverá o grande silêncio primordial quando as mãos se juntarem às mãos. Depois saberei tudo. Não se sabe tudo, nunca se saberá tudo, mas há horas em que somos capazes de acreditar que sim, talvez porque nesse momento nada mais nos podia caber na alma, na consciência, na mente, naquilo que se queira chamar ao que nos vai fazendo mais ou menos humanos."

José Saramago

Miosótis (pseudónimo)

©texto original

02.11.2009

Copyright ©2009-fragmentosdanoitecomflores Blog, fragmentosdanoitecomflores.blogspot.com®


fragmentos da noite, em tonalidades gélidas que deste lugar descortino. Uma janela poisada sob os telhados da cidade calma.


Licença Creative Commons



Friday, August 29, 2008

em Agosto... uma mulher !





Helena Abreu (aguarela)


Mas que queremos da vida? É a vida? O


que se procura em cada segundo para se perder

em cada segundo? O tempo, assim, de nada
nos serve. Um dia, dando por nós próprios,

perguntamo-nos o que fizemos, por onde

andámos, que cidades e casas percorremos,

sem que uma resposta nos satisfaça. A

vida, então, limita-se a ser o que fez

de nós, sem que o tenhamos desejado, e

nada pode ser feito para voltar atrás, nem

para restituir os passos trocados de

direcção, as frases evitadas no último

extremo, o olhar que se desviu quandonão devia. Ah, sim - e o amor? É isso

que queremos da vida? É verdade...


Nuno Júdice
, Filosofia, 2001




Cueillons les douceurs, nous n'avons à nous que le temps de notre vie.

proverbe perse



Miosótis (pseudónimo)


fragmentos em dia chuvoso que me rouba o sorriso. Olhar longínquo, um singelo ramo de rosas poisado graciosamente, a prece elevada para que mil résteas de luar possam guiar meu ser. Ouvindo Keith Jarrett

30.08.2008

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