Fogo florestal centro Portugal
créditos: Miguel A. Lopes/ Expresso
Fogo florestal centro Portugal
créditos: Miguel A. Melo/ EPA
A paisagem cobriu-se de cinza. Há silêncio. O céu está de luto. A alma chora do que vai vendo. É o luto.
Tão calmo está o firmamento. Pesado. Nem parecem nuvens de fumo. Apenas morte.
Não paira vento, não há céu azul. Os pássaros que das árvores circundantes calaram seu chilrear.
Tudo em mim chora. A natureza reza.
A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
(...)
E tudo isto a morte
Risca por não estar certo No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto.
Fernando Pessoa, A Morte Chega Cedo
in Cancioneiro
Miosótis (pseudónimo)
18.06.2017
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