93ª Cerimónia dos Oscars
Uma decepção. Não encontro outra palavra para definir uma curta noite frente ao ecrã da televisão. Perdi muito pouco tempo.
Longe vão as noites em que ficava acordada, quase até de madrugada, para ver os meus actores ou actrizes de eleição. Ninguém. Um vazio.
Um fracasso que redundou no matar de um sonho pelo amor ao cinema.
E não teve só a ver com a pandemia. Foi um todo.
Nem o elenco dos vinte apresentadores anunciados me segurou. Desliguei ao segundo apresentador.
Positivo? A linda Union Station, de Los Angeles. Embora, tristemente transformada em ambiente supérfluo.
O filme vencedor Nomadland. Uma história de solidão assumida, baseada no livro com o mesmo título de Jessica Bruder.
Fren, uma americana que parte na sua van, explorando uma vida fora da sociedade convencional. Uma nómada dos novos tempos.
Oscar Melhor Filme, Melhor Realizadora Chloe Zaho, entre outros prémios.
Incrível banda sonora de Ludovico Einaudi. Belíssima fotografia. Interpretação fabulosa, como sempre de Frances McDormand.
The Father
Florian Zeller, 2020
The Father, do realizador francês Florian Zeller, galardoado com o Oscar de Melhor Adaptação ao cinema, da sua peça. Drama de uma família lidando com Alzheimer. Oscar de Melhor Actor para Anthony Hopkins, com 83 anos. Bravo! Um grande actor!
Negativo? O ambiente físico, e até humano. A apresentação (vestuário) da excelente realizadora, Chloe Zaho. Por vezes, é necessário um pouco de noção circunstancial.
In Memorian: O desaparecimento de realizadores como Bernard Tavernier, Alan Parker, Joel Schumacker, compositor Ennio Morricone, actores como Sean Connery, Max Von Sydoww, Christopher Plummer, Michel Piccoli, todos lendas do cinema. Sempre um momento emocional.
A cerimónia dos Oscars morreu com estas lendas do cinema?
Miosótis (pseudónimo)
30.04.2021
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