Tributo a Anna Politkovskaya
créditos: Pavel Golovkin/AP
via The Guardian
Talvez poucos se lembrem do rosto desta mulher. Os anos passam, e à velocidade a que os factos desfilam aos nossos olhos, via média incluindo redes sociais, o que hoje nos horroriza, amanhã quase não lembramos. Perversa esta velocidade.
Mas eu fiquei chocada. Pela solidão de uma mulher que morreu à porta de sua casa, sozinha, sem apoio. Morta apenas porque lutava pela liberdade de expressão. E porque ouvia e dava voz aos que sofriam.
Durante meses a notícia continuou em busca dos que a deixaram sem vida, caída junto de sua casa. Lembro porque na altura escrevi algo muito simples num outro blogue que mantinha.
Mas eu fiquei chocada. Pela solidão de uma mulher que morreu à porta de sua casa, sozinha, sem apoio. Morta apenas porque lutava pela liberdade de expressão. E porque ouvia e dava voz aos que sofriam.
Durante meses a notícia continuou em busca dos que a deixaram sem vida, caída junto de sua casa. Lembro porque na altura escrevi algo muito simples num outro blogue que mantinha.
Anna Politkovskaya, jornalista de nacionalidade russa, era defensora da liberdade de expressão.
A jornalista e investigadora foi galardoada em 2001 pela International Women's Media Foundation pelo seu trabalho de investigação sobre as atrocidades cometidas contra civis durante a guerra da Tchetchénia.
No dia 7 Outubro 2006 foi encontrada morta a tiro, à porta de sua casa. Os anos passaram, e supus que jamais ouviria falar dos que cometeram este acto brutal.
E até há poucos dias, nunca mais se ouviu falar desta mulher defensora dos direitos humanos. Mas, a semana passada, a SIC passou uma curta reportagem sobre o assunto.
E até há poucos dias, nunca mais se ouviu falar desta mulher defensora dos direitos humanos. Mas, a semana passada, a SIC passou uma curta reportagem sobre o assunto.
Anna Politkovskaya/ Jornalista
créditos: Sergei Supinsky/AFP 2006
via Yahoo photos
Anna Politkovskaya tinha 48 anos, ficou conhecida pelo seu trabalho de investigação sobre a corrupção do governo no seu país e as violações dos direitos humanos.
Nessa reportagem, a estação televisiva noticiava que os 'culpados' da morte da jornalista e defensora dos direitos humanos, haviam sido julgados e condenados.
Credits : © UNESCO
A UNESCO, nos últimos anos, tem-se debatido pela livre expressão e pela imprensa livre - Freedom of Expression and Press Freedom. E o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa celebra-se anualmente a 3 Maio.
Segundo relatórios dos Reporters Without Borders, em 2012, 89 jornalistas foram assassinados a nivel mundial. Este ano 2014, já foram mortos 26 jornalistas ao serviço dos seus deveres profissionais. Manter-nos informados sobre o que se passa no mundo.
Acredito na poder da luz que, pela mão de seus admiradores ou familiares, mantiveram a chama acesa.
Oito anos depois. Possa Anna Politkovskaya descansar em paz, finalmente.
Eu sabia que tinha de haver um sítio
Onde o humano e o divino se tocassem
Não propriamente a terra do sagrado
Para uma terra para o homem e para os deuses
Feitos à sua imagem e semelhança
Um lugar de harmonia
Com sua tragédia é certo
Mas onde a luz incita à busca da verdade
e onde os homens não têm outros limites
Senão os da sua própria liberdade.
Manuel Alegre, Ilha de Cos, Chegar Aqui
Edições João Sá da Costa, Lisboa 1984, 1ª ed. pág.
Miosótis (pseudónimo)
actualizado 05-08.2024
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2 comments:
boas causas as tuas - sempre!
beijo
... na altura, foi uma mulher que me tocou pela 'crueza' como foi morta e abandonada. Apenas, só.
beijo Herético
(sempre atento)
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