Wednesday, January 23, 2019

Dolores O'Riordan : para sempre !






Dolores O'Riordan despede-se no final do concerto 
San Remo's Ariston Theatre, Italy, Março 2002
credits: Claudio Papi/Reuters

Sem dúvida! Dolores O'Riordan, a vocalista de uma das minhas bandas de referência desde os anos 90, The Cranberries, a banda indie irlandesa tinha esse carisma que punha em cada canção que interpretava. Sem deixar nunca a sua pronúncia irlandesa.





Dolores O’Riordan

Dolores O'Riordan vai a enterrar esta terça-feira. Tinha 46 anos. Centenas de pessoas de todas as idades, reúnem-se junto à igreja St Josephem Limerick para prestar a sua homenagem à voz que deu vida a The Cranberries.

A cantora, morreu de repente em Londres, na última segunda-feira, 15 Janeiro.




Dolores O’Riordan
credits: Getty Images

Foi em 1990 que O’Riordan se tornou a voz de The Cranberries. E com que garra ela interpretava as músicas da banda indie.

O'Riordan, de Friarstown, County Limerick, era conhecida por sua voz bem distinta de The Cranberries que foi uma das mais bandes de maior sucesso na década de 90, com temas como Zombie e Linger.




"Earlier this week, the body of Cranberries singer Dolores O’Riordan was found in a London hotel room. While police have yet to establish a cause of death for the 46-year-old musician, her bandmates and family have been absorbing it all and requesting privacy. "My friend, partner, and the love of my life is gone," O'Riordan's partner Olé Koretsky said in a statement. "My heart is broken and it is beyond repair."

Rolling Stones, David Brownie




O’Riordan with the Cranberries at the Festival Jardins de Pedralbes 
Barcelona, 2016

Lembro ter escrito algures, neste espaço, em laia de desabafo, o quanto The Cranberries, pela voz de Dolores O'Riordan me embalou nas noites frias, distantes, de uma Holanda inóspita, em viagem de estudo. O tema que não lembro mais o nome, tinha algo de parecido com 'I'm going home' (não consegui encontrar a canção). Tinha o CD que levei comigo, mas não sei onde o deixei.


Pessoas distantes, noites solitárias numa família que se entregava à bebida, talvez para se sentir mais quente. Não havia diálogo. Péssimo acolhimento. Prefiro esquecer.

Subia então para o quarto que me fora dispensado, e ouvia, incessantemente, até adormecer, ao estilo lullabay, a voz de Dolores O'Riordan nessa canção que permanece na minha memória afectiva.

Foi um choque saber da sua morte. Ouvia o seu último video, Ordinary Day, nestes últimos tempos, um trabalho a solo.  Continuava a prender-me a alma.






This is just an ordinary day
Wipe the insecurities away
I can see that the darkness will erode
Looking out the corner of my eye
I can see that the sunshine will explode
Far across the desert in the sky

(...)

Dolores O'Riordan, Ordinary Day


A cantora irlandesa atingiu a fama na década de 90 com The Cranberries, que vendeu milhões de álbuns em todo o mundo, devido em grande parte, ao seu estilo vocal apaixonado e quase assustador.





Dolores O'Riordan em palco na 23a edição do Cognac Blues Passion festival 
Cognac, France, Julho 2016. 
credits: Guillaume Souvant/AFP/Getty Images

Talvez Dolores nunca tivesse lidado bem a fama. Começou a cantar na igreja de Limerick. Era profundamente católica. 

O pai de um jovem morto num bombardeamento, no tempo do IRA, elogiou a cantora, depois da gravação de Zombie (1994) em homenagem a seu filho, Tim12 anos, morto em 1993, quando duas bombas explodiram em Warrington, Cheshire.

Suponho que a última fotografia de Dolores. Postada na sua conta pessoal, Twitter, no dia 4 Janeiro 2018, onde se pode ler: bye bye Gio. We're off to Ireland 🍀




Dolores O'Riordan

Poderão ouvir o concerto live no Olympia, Paris, Maio 2017 que inclui o alinhamento.

Deixo então, na impossibilidade de encontrar o tema que tanto me prende, um outro tema que sempre me seduz. Zombie!








"She was so gracious and sweet – shy and reflective, but also quite effusive and funny."

Hard Rock, Jim Leatherman

É assim que prefiro lembrar Dolores O'Riordan, sorridente, e cheia de vida. Até sempre, Dolores!





Fez um ano no dia 15 Janeiro que Dolores O'Riordan, vocalista de The Cranberries morreu. 

A data foi marcada pelo lançamento de All Over Now, primeiro single do álbum In the End, o último do grupo - que os colegas de Dolores consideram como uma homenagem ao trabalho que fizeram juntos. 






"O álbum celebra o trabalho que Dolores fez e retribui todo o apoio que os fãs deram à banda ao longo dos anos", (...) "É como um pequeno presente que ela deixou para trás".

Fergal Lawler, baterista The Cranberries

Bonita e sensível homenagem da banda que fez as delícias dos anos 80 de muitos de nós.  

Never Grow Old
Analyse
Time Is Ticking Out
Dying Inside
This Is The Day
The Concept
Wake Up And Smell The Coffee
Pretty Eyes
I Really Hope
Every Morning
Do You Know
Carry On
Chocolate Brown

Roses (album), 2012

Miosótis (pseudónimo)

fragmentos da noite com flores

21.01.2017

actualizado 23.01.2019
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Sunday, January 06, 2019

Dia dos Três Reis Magos !





Dia de Reis
créditos: Assinatura de imagem

É difícil resistir. Acordo e vejo este sol esplendoroso. Dia de Reis! Simbologia apelativa.  É o dia da veneração aos Reis Magos. A tradição surgida no século VIII, convertida em Melquior, Gaspar e Baltazar.

Acredita-se que no dia 6 de Janeiro os pedidos aos três Reis Magos tragam sorte, e prosperidade. Entra aqui a tradição da romã de sete bicos.

Olho para trás. Dia Ano NovoNão tenho resoluções ambiciosas para o ano que apenas começou. Alguns pensamentos livres. O mais importante de tudo, é ter consciência do que temos e do que precisamos. 

Tenho reduzido a lista. E adaptá-la àquilo que depende apenas de mim. Do meu esforço e perseverança, sobretudo!

Voltando ao Dia de Reis. Para já um passeio a pé - resolução um - que tentarei que seja diária, nestes dias de Inverno. Nos dias de sol.

À noite, lá comerei as bagas de romã que tem sete bicos. Sim, este ano, consegui, mesmo, a romã com sete bicos, no turbilhão das compras de Natal. E tive todo o cuidado para que nenhum bico se partisse até chegar a esta noite. Ceia de Reis.

A tradição da romã é milenar. Faz parte da cultura de vários povos. Para os Gregos, era símbolo do amor e da fecundidade. Para os Romanos, símbolo de ordem e riqueza. 

A tradição diz que a romã deverá ter os sete bicos. Para que, segundo os mais supersticiosos, o dinheiro não falte ao longo do ano. Quanto baste. Apenas.

Simbolismos à  parte, a romã é riquíssima em propriedades medicinais. Precisa de mais algum motivo para ter a romã na última festa de fim de ano?

Fruir da última noite em que as decorações de Natal se espalham pela casa. A árvore ecológica - sim, este ano comprei uma árvore de material reciclado, arame, e bambu - que abrilhantei com luzes e múltiplos enfeites vermelhos, laços doirados, pequenos objectos natalícios. Instala-se já uma pequenina nostalgia no olhar. É que amanhã, tudo se desfaz.
É um tanto ou quanto tristonho. É como o desfazer de um sonho que durará até este noite, Dia de Reis.
Miosótis (pseudónimo)

06.01.2019
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