Dolores O'Riordan despede-se no final do concerto
San Remo's Ariston Theatre, Italy, Março 2002
credits: Claudio Papi/Reuters
"There are only a few artists who get to have maybe one song they are remembered by. Dolores has so many."
Rolling Stones, David Brownie
Sem dúvida! Dolores O'Riordan, a vocalista de uma das minhas bandas de referência desde os anos 90, The Cranberries, a banda indie irlandesa tinha esse carisma que punha em cada canção que interpretava. Sem deixar nunca a sua pronúncia irlandesa.
Dolores O'Riordan vai a enterrar esta terça-feira. Tinha 46 anos. Centenas de pessoas de todas as idades, reúnem-se junto à igreja St Joseph, em Limerick para prestar a sua homenagem à voz que deu vida a The Cranberries.
A cantora, morreu de repente em Londres, na última segunda-feira, 15 Janeiro.
Dolores O’Riordan
Dolores O'Riordan vai a enterrar esta terça-feira. Tinha 46 anos. Centenas de pessoas de todas as idades, reúnem-se junto à igreja St Joseph, em Limerick para prestar a sua homenagem à voz que deu vida a The Cranberries.
A cantora, morreu de repente em Londres, na última segunda-feira, 15 Janeiro.
Foi em 1990 que O’Riordan se tornou a voz de The Cranberries. E com que garra ela interpretava as músicas da banda indie.
O'Riordan, de Friarstown, County Limerick, era conhecida por sua voz bem distinta de The Cranberries que foi uma das mais bandes de maior sucesso na década de 90, com temas como Zombie e Linger.
"Earlier this week, the body of Cranberries singer Dolores O’Riordan was found in a London hotel room. While police have yet to establish a cause of death for the 46-year-old musician, her bandmates and family have been absorbing it all and requesting privacy. "My friend, partner, and the love of my life is gone," O'Riordan's partner Olé Koretsky said in a statement. "My heart is broken and it is beyond repair."
Rolling Stones, David Brownie
O’Riordan with the Cranberries at the Festival Jardins de Pedralbes
Barcelona, 2016
Barcelona, 2016
credits: Xavi Torrent/WireImage
Lembro ter escrito algures, neste espaço, em laia de desabafo, o quanto The Cranberries, pela voz de Dolores O'Riordan me embalou nas noites frias, distantes, de uma Holanda inóspita, em viagem de estudo. O tema que não lembro mais o nome, tinha algo de parecido com 'I'm going home' (não consegui encontrar a canção). Tinha o CD que levei comigo, mas não sei onde o deixei.
Pessoas distantes, noites solitárias numa família que se entregava à bebida, talvez para se sentir mais quente. Não havia diálogo. Péssimo acolhimento. Prefiro esquecer.
Subia então para o quarto que me fora dispensado, e ouvia, incessantemente, até adormecer, ao estilo lullabay, a voz de Dolores O'Riordan nessa canção que permanece na minha memória afectiva.
Subia então para o quarto que me fora dispensado, e ouvia, incessantemente, até adormecer, ao estilo lullabay, a voz de Dolores O'Riordan nessa canção que permanece na minha memória afectiva.
Foi um choque saber da sua morte. Ouvia o seu último video, Ordinary Day, nestes últimos tempos, um trabalho a solo. Continuava a prender-me a alma.
This is just an ordinary day
Wipe the insecurities away
I can see that the darkness will erode
Looking out the corner of my eye
I can see that the sunshine will explode
Far across the desert in the sky
(...)
Dolores O'Riordan, Ordinary Day
A cantora irlandesa atingiu a fama na década de 90 com The Cranberries, que vendeu milhões de álbuns em todo o mundo, devido em grande parte, ao seu estilo vocal apaixonado e quase assustador.
credits: Paul McErlane/Reuters
A honestidade que punha nas suas interpretações fazia com que se conectasse connosco. Era tímida, dizem, e até cantou de costas para o público no início da carreira.
Mas interpretava músicas com as quais nos identificávamos e isso era novo, para a época.
Mas interpretava músicas com as quais nos identificávamos e isso era novo, para a época.
Dolores O'Riordan em palco na 23a edição do Cognac Blues Passion festival
Cognac, France, Julho 2016.
credits: Guillaume Souvant/AFP/Getty Images
Talvez Dolores nunca tivesse lidado bem a fama. Começou a cantar na igreja de Limerick. Era profundamente católica.
O pai de um jovem morto num bombardeamento, no tempo do IRA, elogiou a cantora, depois da gravação de Zombie (1994) em homenagem a seu filho, Tim, 12 anos, morto em 1993, quando duas bombas explodiram em Warrington, Cheshire.
Suponho que a última fotografia de Dolores. Postada na sua conta pessoal, Twitter, no dia 4 Janeiro 2018, onde se pode ler: bye bye Gio. We're off to Ireland
Suponho que a última fotografia de Dolores. Postada na sua conta pessoal, Twitter, no dia 4 Janeiro 2018, onde se pode ler: bye bye Gio. We're off to Ireland
Dolores O'Riordan
Poderão ouvir o concerto live no Olympia, Paris, Maio 2017 que inclui o alinhamento.
Deixo então, na impossibilidade de encontrar o tema que tanto me prende, um outro tema que sempre me seduz. Zombie!
"She was so gracious and sweet – shy and reflective, but also quite effusive and funny."
Hard Rock, Jim Leatherman
É assim que prefiro lembrar Dolores O'Riordan, sorridente, e cheia de vida. Até sempre, Dolores!
Fez um ano no dia 15 Janeiro que Dolores O'Riordan, vocalista de The Cranberries morreu.
A data foi marcada pelo lançamento de All Over Now, primeiro single do álbum In the End, o último do grupo - que os colegas de Dolores consideram como uma homenagem ao trabalho que fizeram juntos.
"O álbum celebra o trabalho que Dolores fez e retribui todo o apoio que os fãs deram à banda ao longo dos anos", (...) "É como um pequeno presente que ela deixou para trás".
Fergal Lawler, baterista The Cranberries
Bonita e sensível homenagem da banda que fez as delícias dos anos 80 de muitos de nós.
Never Grow Old
Analyse
Time Is Ticking Out
Dying Inside
This Is The Day
The Concept
Wake Up And Smell The Coffee
Pretty Eyes
I Really Hope
Every Morning
Do You Know
Carry On
Chocolate Brown
Roses (album), 2012
Miosótis (pseudónimo)
fragmentos da noite com flores
21.01.2017
actualizado 23.01.2019
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