Saturday, June 20, 2015

Solstício de verão : tempo de alegria





"A genuína originalidade de cada um de nós é precisa para compor a melodia na Terra." 

Nádia NadZka



Hoje entra o Solstício de Verão. VerãoMomento em que a Natureza desfruta e celebra a luz, a abundância, a criação. 

O ciclo natural da celebração do Fruto, segundo o calendário gregoriano.  

O Sol, o brilho aberto e genuíno, desperta a verdade da vida, potenciando a alegria de ser viva.

Tempo de celebrar a vida, de observar e integrar tudo o que foi vivido, o crescimento, as emoções, experiências, a colheita. Os afectos. A vida.
A noite vai prolongar-se, céu azul-rei, estrelas de brilho intenso, aromas misturando-se com os sentimentos. 

O verde das árvores torna-se visível no limite da luz. O coração vê.

Por perto, ruídos naturais do verão, risos, canto de pássaros, carregados de insónia, divertidos. Uma vibração mais envolvente. 
A alegria em cada bater de asas, em cada sorriso, no mergulho da vida, em cada canto, em cada dança, o todo inspira, naturalmente, à celebração em gratidão. E partilha.
Observadores, de mente e alma, vemos e sentimos a celebração a acontecer na Natureza, A magia brilhante, viva. Inspiração. 

Diz-se, há muito tempo, que 'o que for cantado e dançado nesta noite às estrelas em puro amor e alegria, ecoará pelo Universo e terá um retorno Mágico e Brilhante.' Assim será.



Felizes, loucas e genuínas celebrações. Por todo o mundo ecoarão até raiar o Sol.
Que prosperem em muito alegria. E criatividade. 

Miosótis (pseudónimo)
fragmentos da noite com flores
20.06.2015
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Monday, June 01, 2015

A Walt Whitman




Andre Kohn | Woman Reading

Gosto de poesia. O quieto olhar se enleva, absorto, preso naquela corrente poética que as palavras atraem. Tão longas paisagens.

Não escrevo poesia. Não tenho esse dom quase divino. Apenas leio poesia, e fruo sem pressas. Viajando pelos recônditos da sensibilidade.

A quietude da noite desperta, por vezes, em mim, fragmentos de prosa poética. Apenas. Não é o caso deste final de dia.

Hoje detive-me em Walt WhitmanWalt Whitman, o poeta, e pensador norte-americano, nascido a 31 Maio 1819. O poeta a quem se deve o verso livre.

Sentada, numa paisagem bem real, percorri alguns poemas de Whitman. Até que me detive aqui:

Are you the new person drawn toward me?

Are you the new person drawn toward me?
To begin with, take warning, I am surely far different from what you suppose;

Do you suppose you will find in me your ideal?

Do you think it so easy to have me become your lover?

Do you think the friendship of me would be unalloy’d satisfaction?
Do you think I am trusty and faithful?
Do you see no further than this façade, this smooth and tolerant manner of me?
Do you suppose yourself advancing on real ground toward a real heroic man?
Have you no thought, O dreamer, that it may be all maya, illusion? 

Walt Whitman, 1819-1892

Falo de sonhos. Eu sei. E de sonhadores. Não sou poeta, mas sonho. Da poesia me vem essa vontade de percorrer os caminhos da imagética transcendente. 

E amor não é sempre ilusão?

Fiquei calada. Em harmonia. Finitamente. Pura emoção.

Whitman seria a constelação do meu sorriso. Hoje.


Miosótis (pseudónimo)

01.06.2015
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